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Licença prévia para linhão de Belo Monte deve sair em fevereiro, dizem fontes

O Ibama deve conceder em fevereiro a licença ambiental prévia para uma segunda linha de transmissão, a cargo apenas da chinesa State Grid, para escoar a energia da hidrelétrica de Belo Monte.

Reuters 31/01

Por Silvio Cascione e Leonardo Goy

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deve conceder na segunda metade de fevereiro a licença ambiental prévia para uma segunda linha de transmissão, a cargo apenas da chinesa State Grid, para escoar a energia da hidrelétrica de Belo Monte, disseram à Reuters duas fontes do governo nesta terça-feira.

A expectativa é de que o Ibama termine a análise por volta do dia 17 de fevereiro e conceda a licença cerca de uma semana depois, segundo as duas fontes, que pediram anonimato por não terem autorização para falar publicamente.

A licença prévia não dá autorização para construção da linha, mas atesta que o projeto é viável. Uma segunda autorização, a licença de instalação, é necessária, e sua emissão pode levar meses.

No início do mês, a Reuters já havia antecipado que a demora do processo de licenciamento da linha, de cerca de 2,5 mil quilômetros, começa a preocupar a State Grid.

A previsão original da empresa era que a licença prévia saísse em outubro de 2016 e a de instalação, que efetivamente libera o início da obra, ficasse pronta em fevereiro.

Embora ainda haja uma chance pequena de que a licença seja negada, o processo corre normalmente no Ibama, segundo as fontes.

A State Grid, juntamente com Furnas e Eletronorte, ambas do sistema Eletrobras, já está construindo uma outra linha para transmitir a energia da usina de Belo Monte.

A hidrelétrica, que está sendo construída no rio Xingu, terá capacidade total de 11,2 mil megawatts (MW) e será uma das maiores do mundo quando concluída.

A segunda linha de transmissão deve estar pronta em dezembro de 2019 para que sua operação case com o ritmo das obras da própria usina. Se isso não ocorrer, há o risco de parte de a energia de Belo não ter como ser escoada para os grandes centros de consumo.

O segundo linhão deve demandar investimentos totais de cerca de 7 bilhões de reais.




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