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Petrobras quer dedicar mais atenção às energias renováveis

Nelson Silva, disse nesta terça-feira (10) que a companhia ainda não possui uma dotação orçamentária para investimentos na área de energias renováveis, mas tem a intenção de aumentar sua participação no setor nos próximos anos.

Valor Econômico - 10/07/2018
Por André Ramalho


O diretor de estratégia, organização e sistema de gestão da Petrobras, Nelson Silva, disse nesta terça-feira (10) que a companhia ainda não possui uma dotação orçamentária para investimentos na área de energias renováveis, mas tem a intenção de aumentar sua participação no setor nos próximos anos.

Segundo o executivo, os últimos planos de negócios da companhia se concentraram na reestruturação financeira da Petrobras. A atual situação da empresa, porém, já permite à companhia voltar a investir em renováveis.

“Não demos um passo atrás [na estratégia de investir em renováveis]. O que explicamos nos últimos dois anos é que nos primeiros anos nos concentraríamos na área de óleo e gás, porque a situação financeira era difícil, mais estressada. A partir de agora, daremos mais atenção ao assunto das renováveis, à medida que forem identificadas oportunidades de investimentos", disse Silva, durante teleconferência com jornalistas para falar sobre memorando com a francesa Tota, anunciado hoje, para negócios em energia renovável.

"Não temos dotação orçamentaria ainda, porque ainda não identificamos oportunidades, mas estamos sinalizando que temos interesse de crescer participação na área de renováveis”, afirmou.

De acordo com Silva, o novo plano de negócios 2019-2023 da Petrobras ainda está em fase de elaboração, mas já é possível antecipar que a petroleira dedicará mais atenção às energias renováveis. “Estamos caminhando nessa direção”, disse.

Greenfields

A parceria entre a Petrobras e a Total para avaliação de negócios conjuntos na área de energias renováveis focará no desenvolvimento de projetos novos - “greenfield”, que ainda não saíram do papel -, disse Silva. Ele afirmou, contudo, que as empresas não descartam investir em eventuais aquisições.

Questionado se a parceria poderia incluir participação no leilão das sociedades de propósito específico (SPEs) da Eletrobras, Silva descartou a possibilidade.

“Não está no nosso radar aquisições de ativos da Eletrobras”, afirmou. Ainda segundo o executivo, as empresas cogitam uma eventual oportunidade de investimento conjunto nos leilões de energia nova. “[A parceria] pode estar acoplada a oportunidades de ‘bid rounds’ [leilões]”, disse.

Silva destacou, ainda, que a parceria é voltada exclusivamente para desenvolvimento de negócios em energia solar e energia eólica onshore no Brasil. Ele explicou que a intenção inicial é começar a parceria explorando o potencial de renováveis nos terrenos da própria estatal, no Nordeste.

“Temos áreas no Brasil, não excluindo projetos em áreas fora da Petrobras. Há sinergias com nossas áreas no Nordeste. Podemos estudar vantagens competitivas, buscar combinar as duas coisas. Vamos começar a conversa por aí”, disse Silva, que não descartou, porém, investimentos em ativos fora dos terrenos da petroleira.

O executivo também afirmou que a empresa tem interesse em desenvolver projetos eólicos no mar. Nesse caso, no entanto, a estatal pode buscar outros parceiros.

“Não excluímos eventuais parcerias na área eólica offshore. Poderemos buscar parcerias nessa área. É uma área que atrai nosso interesse”, disse.




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