Os números incluem tanto as usinas de grande porte (“geração centralizada”) quanto sistemas de geração distribuídos em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Para os grandes empreendimentos, a entidade estima um aumento de 37%, saindo dos atuais 3,1 GW para 4,2 GW. Já a chamada “geração distribuída” deverá crescer 90%, passando de 4,4 GW para 8,3 GW.
A Absolar também prevê que os investimentos privados no setor solar poderão ultrapassar a cifra de R$ 22,6 bilhões neste ano. Desse total previsto, a geração distribuída corresponderá a aproximadamente R$ 17,2 bilhões.
Ainda de acordo com o estudo da associação, a fonte solar deverá gerar mais de 147 mil novos empregos do país neste ano, chegando a um total acumulado de mais de 377 mil postos de trabalho criados desde 2012, distribuídos entre todos os elos produtivos do setor.
O setor de energia solar vive um crescimento exponencial no Brasil. No ano passado, a capacidade instalada de projetos solares saltou 64% ante 2019. Atualmente, as usinas solares de grande porte são a sétima maior fonte de geração de energia do país.
A fonte está no centro de debates importantes no Congresso, no governo e na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No início deste ano, os parlamentares devem voltar a discutir a Medida Provisória 998/2020, que, entre outros pontos, prevê o fim dos subsídios às fontes “incentivadas”, como solar, eólica, de biomassa e de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).
A geração distribuída está em processo de revisão de suas regras na Aneel e a expectativa é de que os projetos deixem de ter total isenção no pagamento do uso da rede de distribuição e encargos associados.
Paralelamente, o Congresso analisa a criação de um marco regulatório para a geração distribuída, um pleito antigo desse segmento.