Valor Econômico - 27/07/2021
Por Gabriela Ruddy


O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê um aumento de 4,6% na carga de energia em 2021 na comparação com o ano passado.

A estimativa considera uma alta do PIB de 5% e é maior do que o crescimento de 1,4 ponto percentual em relação ao apontado na projeção anterior, publicada em março.

A previsão foi feita em conjunto com a Câmara de Comercialização de Energia (CCEE) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e faz parte da segunda revisão quadrimestral da carga do ano, publicada hoje.

Com isso, a elevação da carga esperada para este ano é 1 gigawatt (GW) médio mais alta do que a previsão anterior. Segundo os órgãos, a atualização reflete o otimismo na recuperação econômica decorrente do PIB do primeiro trimestre e o avanço da vacinação para conter a pandemia.

“É importante ressaltar que há riscos importantes para a concretização do cenário, como a evolução da pandemia, a intensidade da escassez hídrica e a efetividade das medidas de gestão tomadas e a dinâmica inflacionária”, ressaltaram as entidades em comunicado.

A maior elevação na carga este ano deve vir do subsistema Norte, com uma alta prevista em 6,4%. Para o Nordeste, o aumento previsto é de 5,7%, enquanto para o Sudeste/Centro-Oeste a expectativa é de um crescimento de 4,2%. Já para o Sul a alta esperada é de 4,4%.

A revisão também projeta uma alta no consumo do Sistema Interligado Nacional (SIN) de 2,9% em 2022 e de 3,6% em 2023, na comparação anual.