Importância dada ao ESG é maior que atitude concreta de instituições financeiras, mostra Anbima

Apesar da maioria considerar a sustentabilidade importante, uma menor parte inclui o tema em seus códigos de conduta

Valor Econômico - 18/01/2022
Por Ricardo Bomfim

Embora 85% das gestoras de recursos e 90% dos bancos brasileiros considerem que a sustentabilidade é importante, apenas 26% dos primeiros e 43% dos últimos incluem esse tema em seus códigos de conduta, revelou pesquisa da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

O estudo mostrou que 85% das casas classificam com notas de 7 a 10 a importância da Governança Ambiental, Social e Corporativa (ESG, na sigla em inglês).

As notas de 9 a 10 foram conferidas por 44% dos participantes contra 42% que atribuíram de 7 a 8. Apenas 3% das casas disseram enxergar o ESG com importância de 0 a 4. Apesar disso, somente para 18% a sustentabilidade é vista como parte essencial do desenvolvimento da divulgação de produtos.

Dentre as instituições entrevistadas, é de 29% a fatia das que dizem estar totalmente implantada ou disseminada a inserção dos aspectos ligados à sustentabilidade no código de conduta. Segundo 45%, essa inserção está em processo de implantação, para 21% há planos para implantação, mas nada concreto, e são 5% as que responderam não haver nada sendo implantado ou disseminado.

Entre as gestoras, foram 80% as que responderam ter uma política de investimento responsável ou um documento que formalize seu tratamento ao tema pelo menos em desenvolvimento. O número se compara a 68% em pesquisa realizada em 2018. Aquelas 20% que não têm tal política nem estão desenvolvendo uma são, de acordo com a Anbima, em geral as que têm até R$ 100 milhões sob gestão.

Já o percentual de ativos com avaliação ESG está entre 80 e 100 para 29%, entre 50 e 79 para 20%, entre 20 e 49 para 23% e abaixo de 20 para 27%.

O número de assets que contam com alguma estrutura para tratar de ESG também cresceu, saindo de 34% em 2018 para 71% agora.

Esse levantamento teve uma fase liderada pela consultoria Na Rua com 144 participantes para responderem exercícios sobre o tema e 41 para entrevistas em profundidade e outra em parceria com o Datafolha em que foram entrevistadas 265 instituições financeiras. A margem de erro é de 6 a 7 pontos percentuais para mais ou para menos.




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