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Linhas de transmissão para eólicas têm leilão antecipado

Governo decide licitar linhas de transmissão que vão escoar a energia de parques eólicos sem que os projetos de geração estejam definidos. A EPE pretende identificar as localidades com maior potencial para a produção de energia elétrica a partir da força dos ventos e realizar leilões de transmissão apenas com o mapeamento em mãos das futuras usinas eólicas.

Valor Econômico - 22/07/2014

Por Rafael Bitencourt

O governo decidiu licitar as linhas de transmissão que vão escoar a energia de parques eólicos sem que os projetos de geração estejam definidos. A estratégia usada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) consiste em identificar as localidades com maior potencial para a produção de energia elétrica a partir da força dos ventos e realizar leilões de transmissão apenas com o mapeamento em mãos das futuras usinas eólicas.

O plano se baseia no fato de as usinas eólicas serem consideradas projetos renováveis de baixo impacto ambiental. Na prática, o empreendedor tem maior agilidade na obtenção de licença dos órgãos ambientais. Essa é uma das principais justificativas para os atrasos recorrentes de obras do setor.

Há expectativa de que seja reduzido o risco de prejuízo ao consumidor pela demora na conclusão das linhas. Isdo ocorre quando usinas ficam prontas, mas não contam com rede para escoar a energia produzida. Nesse caso, a geradora é remunerada pelas contas de luz dos consumidores, mesmo sem entregar a energia. O governo avalia que o dano maior se dá quando as usinas eólicas ficam prontas antes da transmissão, mas não na situação inversa.

A decisão do governo vale para os leilões de 832 km de linhas, com investimento de R$ 739 milhões. Os projetos licitados devem iniciar a operação no Nordeste até 2017. Outros leilões também afetados pela iniciativa serão ainda realizados este ano e no início de 2015. Os investimentos somam R$ 4,139 bilhões em linhas e subestação de transmissão. Serão 2,4 mil quilômetros no Sul e 1,6 mil quilômetros na região Nordeste, com início da operação até 2018.

A EPE informou que as licitações antecipadas servirão para "integração do potencial eólico desses Estados [do Sul e Nordeste], mas também para aumentar a confiabilidade no atendimento ao mercado local".




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