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Projeto pretende mitigar carbono nas Olimpíadas

A Dow, que fabrica de tudo, desde adesivos até inseticidas, já calculou as emissões totais dos Jogos Olímpicos Rio 2016: 3,6 milhões de toneladas de CO2eq (uma medida métrica usada para comparar as emissões dos vários gases de efeito estufa).

Valor 17/12/14
Liana Melo
A Dow, que fabrica de tudo, desde adesivos até inseticidas, já calculou as emissões totais dos Jogos Olímpicos Rio 2016: 3,6 milhões de toneladas de CO2eq (uma medida métrica usada para comparar as emissões dos vários gases de efeito estufa). A pegada de carbono dos jogos olímpicos inclui os impactos com a construção da infraestrutura na cidade do Rio de Janeiro, com o transporte dos atletas e dos espectadores, e com a operação dos próprios jogos olímpicos. É um valor bastante significativo, dado que a cidade do Rio de Janeiro, segundo levantamento da empresa, emitiu 25 milhões de CO2eq em 2012 e uma média de 2,05 milhões de CO2eq por mês naquele ano. A contabilidade ambiental do Relatório de Carbono Rio 2016 foi minuciosa e com base nos dados levantados foi possível identificar oportunidades de redução e compensação das emissões. A meta é reduzir as emissões geradas pelos jogos olímpicos em 18,2%.
Com as experiências acumuladas nas olimpíadas de Socchi, na Rússia, e de Londres, a Dow, como parceiro olímpico global para o setor de química e tecnologia, irá implantar projetos de mitigação tecnológica para reduzir a pegada de carbono do Rio 2016. Segundo Júlio Natalense, gerente de tecnologia para operações olímpicas dos Jogos Rio 2016 na Dow, o objetivo é gerar benefícios climáticos a partir de projetos de mitigação de carbono via aplicação de tecnologias desenvolvidas nos setores de agropecuária; eficiência industrial, preservação e proteção de alimentos e eficiência na construção civil. A meta é mitigar 500 mil toneladas de carbono equivalente para compensar as emissões próprias (ou diretas) do Rio 2016. A meta também inclui a mitigação de 1,5 milhão de toneladas de CO2eq para compensar as emissões dos espectadores. A cobertura livre de PVC que a Dow construiu para o estádio de Londres foi doada para o projeto social Instituto Bola pra Frente, instalado em Guadalupe, na zona Norte do Rio de Janeiro.
Foram nas Olimpíadas de Vancouver, em 2010, que a metodologia da pegada de carbono foi usada pela primeira vez. Em 2012, durante as Olimpíadas de Londres, os cálculos foram aprimorados, fazendo com que as emissões geradas nas instalações não fossem amortizadas ao longo do tempo e sim inteiramente durante os jogos. O Rio 2016 seguirá a contabilidade ambiental criada por Londres 2012. Segundo Natalense, o primeiro passo desta metodologia é antecipar os impactos de carbono para que possam ser evitados, reduzidos ou compensados. Como aproximadamente 85% da energia elétrica produzida no Brasil vêm de fontes renováveis, principalmente hidrelétricas, a meta é manter esse padrão mesmo em caso de necessidade de acionar geradores. O objetivo é utilizar um mix de 20% de biodiesel, de base vegetal ou de óleo de cozinha reciclado em todos os geradores.




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